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Em contraponto às sucessivas construções metapsicológicas que visam a dar conta da psicopatologia e do tratamento do adolescente, propõe-se uma terceira tópica, que integra às duas tópicas freudianas a dimensão subjetal, isto é, o sujeito desde sua origem até sua separação do objeto. O papel do entorno encontra-se, então, integrado nas vicissitudes do desenvolvimento do sujeito, assim como no desenrolar do tratamento, através das perturbações do setting ou da contratransferência, pelo modo como essas perturbações se impõem para explicar as capacidades de transformação ou as modalidades de funcionamento psíquico em jogo nessa idade (AU)

O autor utiliza falas e reflexões de Piketet – um protagonista adolescente do romance Fôlego – como se fossem as de um adolescente em análise. Aborda o vértice da reorganização das identificações durante a adolescência ilustrando-as na metáfora do surfar no mar, no confronto, perigo, domínio das ondas. Elaborações, lutos, conquistas e dificuldades naturais desta fase do desenvolvimento acontecem também dentro da análise atingindo objetos reais primários e secundários. Geram-se assim, dentro do campo analítico, tensões intensas e específicas adolescente/ pais, adolescente/analista, analista/pais tanto a nível do mundo interno quanto também das relações reais externas (AU)

O autor aborda as situações psicóticas e sua origem num fundo melancólico, protomelancólico como dificuldade frente a um tratamento psicanalítico. Tece também considerações sobre os limites do trabalho do après-coup, com estes pacientes, evidenciando o fato através de uma vinheta clínica. As variadas situações transferenciais com estes pacientes psicóticos são relatadas nesta comunicação (AU)

O artigo postula que a adolescência como processo deve ser abordada de uma perspectiva que abranja o mundo interno, a provisão ambiental e o momento histórico-sócio-político em que o sujeito atravessa sua crise vital. Paciente e analista são seres socializados que respondem às condições da cultura de cada época. O corpo tem uma presença contundente nesta etapa vital, e é assim que a adolescência pode ser considerada como paradigmática do enlaçamentodo corporal, do psíquico e do social. Para o trabalho analítico com pacientes desta idade, precisa-se de uma plasticidade especial que também tem que incluir a tentativa de compreender os códigos adolescentes. Neste sentido é abordado o tema de como os avanços tecnológicos chegam até nosso consultório e, da mesma maneira, a compreensão da sexualidade a partir dos pontos de vista arraigados nas novas configurações familiares. No que se refere a este último ponto, postula-se a necessidade de diferenciar privacidade de intimidade, pensada esta última como aquele espaço mental onde se desenvolve a formação de símbolos. Há também uma referência aos quadros de latência prolongada, tão comuns nas consultas de nossos tempos (AU)

Presented at session 26th August 1959

Presented at session 9th September 1959

Presented at session 30th September 1959

Presented at session 22nd October 1959

Presented at session 14th October 1959

Presented at session 14th October 1959